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Mostrando postagens de 2014

1º dia da primavera

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Flores primavera e as ruas colorem tons de alegria vibrantes! Pétalas artísticas do Ipê florido caem ao chão, como lágrimas... Há sempre uma lição de vida na natureza morta, pena que não a cultivamos O cheiro, a cor, a forma das folhas e flores caídas no asfalto mórbido Estressantes carros aceleram sem saber para onde vão, Cada pedacinho de flores pintadas, deixam para trás Perdeu-se a subjetividade na pressa dos objetos capitais As mercadorias estão sempre com pressa.   Flores primavera que enfeitam os cemitérios Sinta o cheiro pelos jardins: crisântemo Perceba uma inata disposição do ânimo Que suaviza a dor de um amor que parte A arte imita a vida e a vida imita a morte... Mas para quem sabe sublimar do ar da natureza morta, Porque as flores eternizadas na tela não morrem Consegue pincelar no fundo de sua retina uma obra-prima Soerguer-se em arte das ruínas da cidade insólita Não deixe seu eu, a maior obra de arte, partir A imaginação ...

Sol vermelho em um quarto cinza

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Sombras nubladas num céu entristecido. Não era o "céu do céu", era o céu dentro de mim, na escuridão de um ser que se desencontra entre dúvidas de uma solidão que desencanta. Brisa gélida soprava, de arrepiar espinha e dar calafrios. Não era "frio de frio do tempo". Era frio de um coração empedernido pela dureza da frieza que rasteja pelos cantos da casa mal-assombrada, encontrando-se com as ratazanas. Doces animais incompreendidos, somente elas ouvem os gritos sufocados de uma alma decaída. Estava ali, mas não estava. Não sei para onde foi meu eu, sem saber que no mesmo lugar fiquei, entre sussurros e gritos de socorro. Mas não se pode ouvir a voz de um fantasma que vaga na sombra da humanidade que não sabe sequer para onde vai. Fantasmas não sangram, só assombram o sono de mentes perturbadas. Oh, quem és tu que perturbas meu sono e me faz sangrar? Sou eu mesmo, que esvai na fumaça do medo que impregna nas podres paredes deste quarto abafado. O ar ...

Cantando na chuva: o clássico da sétima arte

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             Muito além do clássico momento em que Gene Kelly dança e cantarola feliz da vida sob os pingos da chuva após despedir-se da amada_ cena mundialmente conhecida_ o filme "Cantando na chuva" de 1952 é um bem-sucedido casamento entre várias linguagens: dança, música, cinema, onde nos resta apenas contemplar em êxtase cada número interpretado pelos atores.             Além disso, temos um roteiro muito bem-humorado que narra o período de transição do cinema mudo para o falado, ou seja, na década de 1920. Assim, temos um filme a falar do próprio filme, numa metalinguagem onírica, graças ao espírito divertido, empolgante, leve e alegre que permeia toda a filmagem!             Voltando à famosa cena, de Gene Kelly, o curioso é que a chuva artificial recebeu um elemento extra, muito estranho: leite. Isso mesmo, o objetivo era dar u...